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24 outubro 2008

Caso Eloá...

Como não se comover com uma tragédia como estas?
Não vou falar da ação da polícia, pois evitei acompanhar ao vivo o que acontecia, não vou comentar a atitude da amiga, enfim não quero falar do que está na midia, mas da prória mídia.
Como comunicadora que sou, (sou formada em comunicação social) me sinto no direito de falar de minha indignação como a midia de um modo em geral tratou do caso.
Me abstenho de falar da midia impressa porque realmente não a acompanhei, mas na teve não tinha como, era trocar de canal que lá estava um jornalista de plantão. Tb não vou entrar no mérito da cobertura, pq acho importante que impressa cumpra o seu papel de cobrir o que acontece.
Acredito piamente que a imprensa brasileira faz muito pela nossa democracia, ela vai onde o Estado não vai, ela consegue chegar em locais que nem a polícia tem acesso, enfim acho que nossa democracia é muito calcada em nossa liberdade de impressa que pode dizer o que quer e quando quer.
Quero falar da irresponsabilidades dos meios de comunicação que resolveram dar voz a um marginal, e não me digam que ele fez o que fez em nome do amor ou pressionado pela situação, pois o amor é muito maior e mais simples do que o ressentimento ou ciumes.
Eu não sei se o fato do sequestrador ter dado entrevista a Rede TV prejudicou as negociações, não sou psicóloga para avaliar isso, mas acho um absurdo um marginal ser entrevistado durante um sequestro, ele não tinha uma causa política ele tem um desvio de carácter e precisava de uma desculpa para cometer um desatino.
Creio que a imprensa tem o direito de estar cobrindo esses fatos e acho que mais uma vez será através das imagens gravadas pelas Teves que cada passo desse triste episódio vai ser contado, mas acredito também que a imprensa tem que deixar os fatos se desenrolarem por si só, não pode interferir no que esta acontecendo, pq existiam vidas em jogo.
Se depois que o sequestro estivesse resolvido as Teves ou rádios quisessem ficar 24h no ar mostrando cada detalhe sórdido da tragédia alheia, é problema delas do seu público e do ibope. Mas durante uma história tão triste, pois mesmo que não tivesse um desfecho lamentável ainda seria triste ver uma jovem passar pelo que a Eloá passou em nome do amor, dar voz a um marginal foi no mínimo irresponsabilidade e espero que nunca mais nenhum veículo de comunicação repita tal atitude, pois se não daqui a pouco teremos realit show da violência urbana de nossas cidades.
Talvez tenhamos esquecido mas ainda existem locais no mundo e no Brasil onde pode-se viver em paz.

16 outubro 2008

Apenas um amor

Passei a vida toda sonhando com um cara e ao contrário da marioria das pessoas ele existe e eu o conheço, o que deveria simplificar a vida mas não é assim que acontece.
Durante anos sonhei com ele, com um desfecho diferente pra nossa história, mas ontem a noite pela primeira vez não foi assim. A gente se encontrava, mas eu apenas o fitava de longe e essa sensação é muito estranha.
Eu sou uma pessoa meio desligada, mas eu lembro da seguna vez que o vi, lembro da primeira também mas foi no segundo olhar que me apaixonei e lembro exatamente como me senti quando o conheci.
No início eramos apenas colegas ele nem sabia da minha existência, mas depois de uma viagem a Cuba, onde ele foi participar de um campeonato nos tornamos amigos. Era uma noite quente de verão e ele estava usando um short xadres que eu achei engraçado, talvez por isso tenha registrado, e desde então ele fez parte da minha vida seja ao vivo e a cores ou em meus sonhos, onde tivemos um namoro intenso, cheios de idas e vindas.
Numa de nossas brigas ele ficou meses sem aparecer(em meus sonhos) mas qdo reatamos nossa hitória era só paixão até ontem a noite quando me dei conta que posso esbarrar com ele novamente, pois estamos morando na mesma região.

09 outubro 2008

Uma impostora pretenciosa

O meu pretenso candidato,(pretenso pq não voto por estas praias) ganhou, o que é legal ele parece um cara bacana.

Ai teve uma grande festa no comitê da coligação e lá foi toda a família pra comemorar, e mais uma vez me senti uma impostora.

Pq estavamos indo pra ser vistos pras pessoas saberem que estavamos do lado dos vitoriosos, e eu me senti uma impostora. Não sou dada a festas e aquela agitação toda a mim não diz nada, mas havia outras pessoas que realmente estavam emocionadas.

Meu irmão fez um comentário que deixou verde, que deviamos ir a festa, e claro já avisar q estava procurando emprego, eu sei que foi em tom de brincadeira, mas a pretenciosa aki, apesar de saber que os vencedores, mal sabem quem sou, já ficou mordida só com a sugestão dele.

Moral da história não curti nada pq parecia que minha ida lá era por interesses escusos, realmente eu não bato bem da cuca. Espero que quando eu arrumar um emprego e todo mundo largar do meu pé eu possa simplesmente rir das brincadeiras alheias.

01 outubro 2008

Conspiração da ética ou apenas orgulho?

Estamos em plena campanha eleitoral para prefeito, e posso dizer que apesar de não querer me envolver, acabei envolvida. Digo isso por que ao contrário de outros anos quando era uma calorosa defensora da política partidária, ou de princípios que eu acreditava eu discursava apaixonadamente, coisa que não faço mais, por decepção ou comodismo, não sei.
De qualquer modo cá estou eu, numa cidade nova onde não conhecia a política da cidade aos poucos me envolvendo, mesmo sem paixão.
A história é simples, estava fazendo um curso gratuíto fornecido pela prefeito atual até sem favoritismo, o curso prometia ser bom, como na verdade aconteceu, em pelo menos 1 dos 3 que fiz. Algumas colegas foram contratadas para distribuir santinhos(propaganda do candidato), sair pelas ruas com bandeiras e participar dos comícios. Um dinheiro relativamente fácil afinal não precisa ser especialista em nada, tem apenas que estar com vontade de participar...
Aí começaram os meus devaneios os 2 candidatos que pagavam para ter "funcionários" não me cativaram, não posso dizer que foi pq não fui com a cara da proposta pq na real apenas um tinha algo a dizer.Não posso dizer que não me bandiei pro lado deles pq o serviço fosse desonesto pq em sã consciência sei que não é. As pessoas recebem para divulgar o nome de uma pessoa, na hora da urna elas tem a liberdade para votarem em quem quiserem. Então pq eu simplesmente não fiz isso?
Precisando de grana eu estou, mas não parece certo querer convencer alguém a votar em alguém que eu não acredito( no início só não simpatizava) ai fui expirar o discurso pra me convencer que era um dinheiro bacana que eu pudia receber, mas não me convenci.
Pior não tenho nem coragem de falar o que estou escrevendo pq parece natural que uma pessoa que precisa de dinheiro trabalhe em qualquer coisa pra obte-lo, e parece tolo que essa mesma pessoa vá em uma passeata de outro candidato de graça, pq ela simpatiza das idéias dele, ou pelo menos do que viu na cidade.
Ai me pego pensando eu iria na passeata desse cara se ele me pagasse? Posso passar horas discursando o que penso, gerenciando minhas idéias mas nesse minuto digo, que não acharia justo receber pra ir na passeata(no caso o candidato não tem verba, não pagou pra ninguém ir) são apenas conjucturas de alguém que pensa, mas nem por isso tem trabalho.
Eu não acho que as pessoas tem que trabalhar de graça, ao contrário acho justo mesmo em campanhas políticas que todos recebam, mas acho esquisito alguém receber pra ouvir outra pessoa discursar, ou para agitar uma bandeira...
estavam começando a ficar exaltados, quando eu estava a umas 2 quadras da turma, dobrei na professor Braga e o Quando eu era estudante em minha cidade natal, algumas vezes participei de comissios morrendo de medo, pq naquela época a ditadura militar ainda era uma sombra, isso foi no final da década de 80. Lembro que uma vez os universitário estavam fazendo uma manifestação por conta do aumento das passagens e eu fui lá apesar de não ser universtitária, fiquei um tempo depois fui embora os animospilotão de choque estava lá se organizando, outra vez foi a cavalaria que estava de prontidão no parque... então lembrando disso das pessoas que lutavam pelo que acreditavam eu não consigo me imaginar recebendo para apoiar alguém que eu quero ouvir, pra decidir se vou ou não acreditar.
Será loucura? ou apenas orgulho de quem acha que pq pensa, trabalhar agitando bandeiras não é certo pra mim?
Fiz minha escolha, não fui trabalhar pro candidato que paga e fui em duas passeatas do que não paga,(detalhe eu não voto nessa terra) e por isso alguns me chamam de boba.
Será?