Faze Zen

     
               Depois de longo inverno onde o silêncio e o desânimo se fizeram constante voltei a sentir o calor do sol e alegria da primavera.

O tempo passou e descobri nos mantras do budismo a leveza do som, que calou minha ansiedade, pelo menos por hora, e me permitiu rever velhos conceitos.

Estou me permitindo rever velhos preceitos e lembrar de velhas canções, e com isso estou redescobrindo novas estradas para viver mais intensamente.

Não sei quanto tempo tamanha transformação pode durar mas por hora está divertido descobrir no espiritismo e no budismo formas de repensar e levar a vida.

https://www.youtube.com/watch?v=f4pnTu_Agg0

Violência gratuita, será?

Semana passada um adolescente vizinho meu, apanhou na saída da escola, já no caminho de casa, motivo? Que ele saiba nenhum, mas os adolescentes que batiam nele, enquanto batiam acusavam ele de "viado".
Pensei muito antes de escrever, por que a escolha sexual de qualquer pessoa é  individual não diz respeito a ninguém, mas independente disso ele é um jovem tímido que veio do interior pra uma cidade maior, que por algum motivo torpe foi xingado e apanhou.
Fiquei pensando se esses imbecis teriam parado de bater nele se soubesse que ele não é viado, e acho que não, por que ao que tudo indica eles estavam apenas se "divertindo", uma vez que não levaram nada, estavam "apenas" mostrando sua cretinice.
Nada justifica essa violência, que parece gratuita mas começo a imaginar que essa palavra não cabe aqui, por que violência na minha cabeça nasce de algum lugar, por algum motivo o fato dela ter sido alheatória não a deixa menos pior, se batessem num homossexual , num mendigo ou numa criança, ainda seria violência sem motivo, que parece crescer entre a juventude brasileira.

Uma dor que doi

O sol brilha e os pássaros cantam tudo vai bem, quando de repente a tristeza se apossa de minha alma, quando percebo estou chorando com um pensando antigo, um velho conhecido que não mais deveria me perturbar, mas ele é tão intenso que o céu azul fica cinza e alegria que existia se perde no ar.

Não posso mudar o passado, nem posso vivê-lo novamente, então por que sofrer por algo que já sei? Por que essa dor depois de tantos anos vem e se apossar do meu peito do meu dia?

Fico imaginando o  que poderia ter aberto a porta dos meus fantasmas, e por que dessa vez doi tanto, queria entender por que simplesmente não consigo ignora-lo...

Me pergunto se minha tristeza é hormonal, espiritual, da onde vem e  o que devo fazer pra me livrar de suas agarras, eu as conheço, e não as quero mais em meu coração...

O duro é que saber que se sofro pelo motivos que imagino sofrer não há mais nada que eu possa fazer é passado, então meu racional sabe que não tem por que sofrer, já foi mas mesmo assim doi e meu dia já não mais é azul, agora está cinza...

Existe algo no ar ....

       Já vivi o suficiente pra saber que existe algo de podre no reino, talvez por conta da mídia, ou da internet eu esteja apenas impressionada, mas o fato é que sinto no ar uma crise se aprochegando.
Esse ano teremos a Copa do Mundo no Brasil, fui uma das que acreditou que esse evento maravilhoso era o impulso necessário para os governantes do nosso país olharem pro povo.
          Eu realmente acreditei que por conta da necessidade de mostrar ao mundo a nossa capacidade de  gerenciar uma copa desse porte, o governo faria o mínimo necessário em tempo record pros nossos padrões, 8 anos, de melhorias básicas na infraestrutura.
           Imaginava que o transporte algo que o turista vai ver e usar seria o mais beneficiado, claro que nas capitais onde os jogos aconteceriam, mas  seria nos padrões europeus, afinal temos o hábito de fazer as coisas pra inglês ver, imaginei que os hospitais também ganhariam uma reformulada,  afinal  filas homéricas chamam a atenção e com boa vontade até mesmo o esgoto nas capitais ganharia uma repaginada e com otimismo  seriam ampliados afinal vai que chove e vem tudo a tona. Pois bem, os benefícios mínimos pra um evento desse porte não chegaram, todo o dinheiro foi pros estádios e entorno, e pra piorar a roubalheira e a falta de qualidade foram tantos que ta na vista de qualquer um ver. Só isso em qualquer outro país já seria crime, aqui estamos investigando e caminhando rumo a copa, no meio de denúncias, e muitas manifestações.
            O descaso com a saúde e com educação só aumenta, problemas climáticos que são mundiais escancaram nossas fraquesas e no meio de tudo isso estamos cada vez mais perto da copa, e os políticos mais longe das insatisfações da rua.Pra piorar essa história ao contrário da minha adolescência que via homens de bril lutando por  seus princípios, mesmo que eu não concordasse com elas, políticos por vocação tentando achar caminhos pra  um Brasil melhor, são cada vez mais escassos.
             Talvez seja apenas um temor  infundado, nascido de uma era tecnológica que minuto a minuto, grita em suas linhas o caos que estamos vivenciando, mas o fato é que sinto um ar tanta indignação, tanta irresponsabilidade que  começo a temer pelo meu país se o Brasil não for campeão. 

Ativismo não é crime!!!

O greenpeace  em setembro mais uma vez numa atitude corajosa tentava chamar atenção do mundo para a intransigência econômica e foi abordado pela polícia Russa com armas em punho em águas internacionais.

Independente da Rússia estar certa ou errada, não vou entrar nos méritos geográficos,nem na acusação caluniosa de pirataria conta  os ativistas, venho falar do absurdo deles estarem encarcerados sem direito a fiança uma direito de defesa justo.

 Ativismo não é crime, prender sem prova ou forjando-as é!!

    Calar sobre essa injustiça é ser conivente com ela.

Educação solitária...

           Normalmente o dia do professor é um feriado, onde alguns professores ganham parabéns e lembranças eventuais de alunos ou mesmo da direção, esse ano no entanto no Rio de Janeiro e São Paulo o dia foi de manifestações.
         Não consigo entender, e não é de hoje pq essa classe é tão desunida, existe greve dos professores dos municípios, dos Estados, das Universidade, enfim em vários segmentos em que eles atuam, mas são sempre movimentos isolados.
            Ontem era feriado na maioria dos Estados Brasileiros por conta do dia do professor, e houve manifestação no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas poucos locais se juntaram a causa. Não conheço os detalhes das reivindicações atuais, apenas o geral, melhores condições de trabalho, plano de carreira, aumento salarial e no fim não é isso sempre que todos querem?
           Se as reivindicações são as mesmas, independente do local, se elas se repetem a anos, e o governo apenas ignora, já não estava na hora de um movimento nacional?

             Eu mesmo faço curso de pedagogia e não vejo ninguém acompanhando, falando comentando sobre o caos que o ensino passa em duas cidades referências, e falo enquanto notícia mesmo.Difícil acreditar que isso não nos afetará no futuro, pois a educação no país vai questionando se espaço e brigando por melhorias a muito tempo.
             O descaso com a educação é um fato político que vai além de cidades específicas mas parece que isso não basta pra unir a classe.

          Esse ano o Brasil surpreendeu, entre  junho e julho o país de uma hora pra outra foi as ruas gritar por suas insatisfações, se mexeu, saiu do sofá, como muitos jornalistas apregoavam, foi reivindicar várias coisas inclusive educação. Ontem, dia do professor, os professores em greve do Rio de Janeiro e São Paulo foram ás ruas mais uma vez, lutar por seus direitos, mas a sociedade não se mobilizou como antes,  imaginei que pelo menos as redes sociais teriam espaço pra contar o que estava acontecendo mas pra minha surpresa, salvo os comentários sobre os vândalos que tem se aproveitado dessa questão, e as notícias sobre o desabafo de uma jornalista com relação aos  fofoqueiros de plantão, as rede estavam relativamente quietas sobre as passeatas que estavam ocorrendo no Rio e em São Paulo.

            Isso me da uma certa tristeza, nosso umbigo não comove o poder público, essa briga que é de todos continuara sendo apenas de alguns.

      2013 tem sido um ano atípico devido as grandes manifestações de insatisfação que vem ocorrendo no país, não sei até quando irão e no que elas vão dar apesar de já termos tido bons resultados, mas sei que a classe educacional continua a brigar isoladamente por uma questão nacional.
          

Apenas um olá numa tarde fria
 e chuvosa...

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