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21 fevereiro 2012

A decepção também se constroi....

As vezes numa curva da vida, quando a neblina é intensa e a gente o foco além dos farois, por um min você anda apenas com o  instinto e por alguns segundos a neblina parece que não vai ceder então numa curva a névoa aos poucos parece se dissipar e você consegue vislumbrar a paisagem e isso é muito bom.

Quando resolvi voltar a trabalhar, não esperava nada, nem amigos, nem futuro, apenas vivênciar o momento de experimentar algo diferente, pra minha surpresa encontrei gente bacana e também gente muito sacana, mas como sabia que tudo era por apenas um tempo andei no piloto automático.

No meio do caminho vislumbrei uma amizade, e por instinto sabia que seria especial, mas o convivio aos poucos foi demonstrando vários lados da amizade, e nesse momento que se vislumbra um pouco aquém da curva, é nesse ponto que a expectativa se faz presente, e as perspectivas criam formas.

Aos poucos a névoa fica intensa novamente e você vai percebendo que a bela paisagem ficou na curva passada, e você novamente tem que viajar no piloto automático, e nesse ponto as expectativas podem ser traiçoeiras por que elas ganharam um contorno e uma trilha musical que começam a ter um peso além do que deviam ter.

Então aos poucos a decepção vai se instalando, crescendo  e você já não vê mais o cara do trabalho mas o amigo que você idealizou, e exatamente ai você começa a se decepcionar.

 Os comentários de hoje não são uma surpresa, os passos lentos na contra mão do trabalho não realizado, vai ganhando contornos inesperados, ou até esperados mas de um modo mais lento.

Não tenho ilusões sobre a paisagem, nem sobre a neblina denssa que volta a guiar nossos passos, mas mesmo assim a gente sempre tem esperanças que ela se vá que a paisagem antes vislumbrada volte a surgir na próxima curva e quando não surge a decepção chega, lenta, acanhanda mas de forma clara.