TPM

Durante muito tempo acreditei que minhas variações de humor eram TPM, e minha vocação pra tragédia o são.
Mas desde a última postagem me sinto triste e dessa vez não posso usar a TPM, como desculpa.
Posso até partir e recomeçar mas isso seria uma sentença de morte, porque eu declararia que os últimos anos foram apenas ilusão, e não sei se consigo conviver com isso.
Hoje entrei em contato com amigas de infância que tenho notícias de tempos em tempos, mas o fato de saber que agora posso manter um contato mais direto, me assustou.
Me dei conta que não tenha nada de meu, que eu me orgulhe pra poder compartilhar, e alegrias dos primeiros minutos virou uma imensa frustação.
O que poderia ter sido e já mais fui.

Só as vezes

Me sinto só, é por alguns minutos, as vezes horas, mas olho pros lados e percebo o quão sozinha estou.
Não importa o quanto eu corro pelos outros, vá ao mercado, à farmácia, resolva os problemas na obra, as vezes gostaria de chegar em casa e ter um colo...
Na maior parte do tempo gosto da confusão, olhar pros meus sobrinhos me alegra e preenche a vida, mas a falta de trabalhar na minha profissão, de estar envolvida apaixonadamente com alguma causa, que me motive, ah! isso as vezes pega...
Hoje minha mãe falou pela enésima do fato de morarmos longe, e pela primeira vez eu pensei, eu entrego os pontos, posso voltar não sou apaixonada por essa cidade, não vejo grandes perspectivas por aqui, e não consigo aproveitar a praia, então por que teimar....
A vida é um constante se reiventar, mas as vezes não funciona, então são os amigos, a cidade ou a profissão que fazem a diferença, no momento não tenho nenhum, me sinto apenas cansada.

Será pessimismo?

Dia 23.01 meu sobrinho nasceu, aparentemente tudo correu bem, mas foi de cesárea e eu continuo preocupada.
Acredito piamente que as mulheres de um modo geral podem parir, mas também acredito que nem elas nem os pequenos devão sofrer horrores. Quando a minha cunhada teve o primeiro filho, apesar da alegria, lembro dela no corredor, numa maca, sozinha e aéra, quis chegar perto mas a enfermeira disse que pudia ser perigoso. Ela ficou um longo tempo sozinha num corredor de hospital a poucos metros de mim, e eu poderia oferecer risco? Lembro que pensei que ela estaria melhor assistida em casa do que ali, (ela ficou tão área, que nem lembra deu ter desobedecido a enfermeira pra falar com ela). O parto foi tão traumatico que ela decidiu se tivesse outro filho seria cesárea.
Eu confesso que na 2ª gravidez eu tinha esperanças que ela pegasse um médico que tentasse demove-la da idéia que explicasse que pudia ser normal com anestesia, tenho amigos que fizeram, mas não foi assim. De qualquer forma ela acabou tendo contrações, roupeu a bolsa e foi pra cesárea.
Em 48h ela e o pequeno já estavam em casa, ele é muito calmo e eu penso( será que é por conta dos antibioticos que ela toma?), os quais ela nem sabe porque. Ela teve anêmia durante toda a gestação, e uma taxa de leocócitos elevada, uma semana antes, e parece otima (cheia de disposição), come sem restrição o que bom pra ela mas mesmo assim me preocupo.Afinal foi uma cesárea, e eu acho que a médica nunca falou claramente sobre as complicações, não que fosse convence-la do contrário mas para ela saber dos risco. Hoje ela teve um desconforto intestinal bem forte, e eu já fiquei preocupada.
Não confio na falta de informação, não confio na médica, aliás nem ela. Será que é só pessimismo?
ou sou definitamvamente uma neurótica?